terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sem inglês, sem emprego

O crescimento econômico do Brasil (uma boa notícia) também expõe problemas, como a formação deficiente dos trabalhadores. De cada 10 candidatos a uma vaga, apenas dois são aprovados. A maioria é eliminada no teste de idioma: a prova de inglês. Uma unidade de uma multinacional no interior de São Paulo perdeu contratos por falta de mão-de-obra qualificada. Os clientes foram atendidos por filiais da empresa em outros países, como índia, onde se fala inglês. A empresa tem 250 vagas não preenchidas no país. Utiliza recém-formados e dá treinamento e curso avançado de inglês, mas não consegue contratar. Um estudo realizado por empresas do setor de tecnologia confirma que esse é um dos principais motivos para a falta de profissionais em áreas onde haveria emprego para todo mundo, como a de Tecnologia da Informação (TI). "A tecnologia avança em uma velocidade grande e os currículos escolares não acompanham essa velocidade tecnológica", disse ao Jornal Nacional, Sérgio Sgobbi, diretor da Associação de Empresas de TI. Pelos cálculos do setor, sobram 92 mil vagas nessa área em todo o país, número que pode dobrar até 2013. O recado é claro: quem domina o inglês terá muito mais possibilidades de trabalho do que aqueles que se limitaram aos curículos escolares tradicionais.